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Reciclagem de alumínio

Reciclagem de alumínio

O alumínio é infinitamente reciclável (75% deste metal existente no mundo) ainda não foi disponibilizado para reutilização. Com a reciclagem, para cada tonelada de alumínio produzido a partir deste método, economizamos 4,5 toneladas de minério de bauxita, com a consequente preservação das minas e paisagens. Este metal é 100% reciclável, em número ilimitado de vezes e quando se recicla o alumínio, são economizados 95% da energia que foi necessária para produzi-lo da primeira vez. Além disso, a reciclagem do alumínio despeja apenas 5% de partículas na atmosfera em relação à mesma quantidade do material fabricado a partir do minério.

A recuperação do metal a partir da reciclagem é uma prática conhecida desde o início do século XX. Entretanto, foi a partir da década de 1960 que o processo se generalizou, mais por razões ambientais do que econômicas.

Boa parte do alumínio destinado à reciclagem é proveniente das embalagens, em especial latas de bebidas. As latinhas recuperadas são transformadas em lingotes que posteriormente são empregados na fabricação de novas latas e inúmeros outros produtos de alumínio. Mas a reciclagem no setor não se restringe a essas embalagens. O alumínio pode ser reciclado infinitamente, em qualquer forma em que se apresente, de sobras do processo.

Reciclagem de alumínio no Brasil

     Há mais de 10 anos, a indústria brasileira do alumínio mantém a liderança mundial na reciclagem de latas de alumínio para bebidas. Em 2011, o País reciclou  248,7 mil toneladas de latas, das 253,1 mil toneladas disponíveis no mercado, o que corresponde a um índice de 98,3%, um novo recorde. O volume foi 4% superior ao reciclado em 2010.

A sucata de alumínio provém da produção de semimanufaturados – constituída de resíduos industriais que são reincorporados – e do descarte pela obsolescência de produtos acabados e bens de consumo, no qual a lata de alumínio para bebidas é o maior exemplo.  Esse processo constitui um ciclo produtivo praticamente estanque: no Brasil, quase a totalidade do alumínio empregado na produção de chapas que se tornam latas acaba retornando à produção de chapas ou de outros produtos de alumínio.

      A produção nacional de alumínio secundário (sucata reciclada) em 2008 foi de 325 mil t, ficando acima da média mundial, que foi de 29%. Apenas na reciclagem de latas de alumínio, o País reciclou 161 mil t (50% do total), o que corresponde a 12 bilhões de unidades, liderando a reciclagem de latas pelo 7º ano consecutivo no mundo. Ressalta-se que em 1991 o índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil já era de 37%, superior à média da Europa que era de 21%. Nesse mesmo ano os índices de Japão e EUA eram, respectivamente, de 43% e 62%. Em 1999, o Brasil teve um índice de 79. Fonte: ABAL / 2008

      A capital nacional da reciclagem do alumínio no Brasil é Pindamonhangaba, cidade localizada no interior de São Paulo. O título foi concedido pela ABAL em 2003, em reconhecimento à importância da cidade para a atividade. A história da reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba começou na década de 1970, quando a Alcan (hoje Novelis) instalou sua fábrica no município para produzir chapas para latas de bebidas.

       Em 1994, a empresa iniciou a utilização de alumínio reciclado na produção de suas chapas, o que estimulou o surgimento do polo de reciclagem. Em 1996, chegou a Latasa com seu centro de reciclagem. Em 1997, a Recipar (Latasa) chegou ao município e, em 1998, foi a vez da Alcan (atual Novelis) instalar ali seu centro de reciclagem. Atualmente o polo de Pindamonhangaba reúne duas empresas – a Novelis e a Latasa Reciclagem, que em 2010 adquiriu os ativos da Aleris Reciclagem –, que processam aproximadamente 70% de toda a sucata recuperada no Brasil. 

       Entre os países em que a reciclagem deste metal não é obrigatória, o Brasil é o maior reciclador de alumínio do mundo. Cerca de 98% do alumínio produzido em nosso país volta para a cadeia produtiva através do processo de reciclagem. São cerca de 360 mil toneladas de alumínio que passam pelo processo de reciclagem em nosso país anualmente. Este dado positivo pode ser explicado pelo fato do alumínio ser facilmente coletado, seu valor de mercado e também pelo aumento da consciência ambiental dos brasileiros.

Reciclagem na Construção Civil

        Em qualquer processo de reutilização, o alumínio não perde suas propriedades físico-químicas, por isso, pode ser considerado como “eternamente” reciclável. E o alumínio provenientes de sobras na Construção Civil, também estão sendo reciclados atualmente por quase toda cadeia produtiva – na mesma intensidade do que ocorre com as latinhas – ou seja, segue a mesma tendência de reciclagem geral deste metal.  Hoje não se joga nada fora neste segmento.

Desafios Futuros

        Os maiores desafios da Reciclagem do alumínio no Brasil é aumentar a participação de alumínio reciclado (proveniente da sucata de obsolescência e de processos industriais) na matriz de suprimento doméstico do metal – em 2010 foi de 36%, índice superior à média mundial (28 %) – na reciclagem de latas de alumínio para bebidas manter sua posição de liderança, posto que ocupa há dez anos consecutivos.